Skip links

História

A freguesia de Esporões, remonta à época da ocupação pré-romana, facto comprovado pela Estação Arqueológica de Santa Marta das Cortiças, na qual é possível observar vestígios desde essa época. O próprio nome da freguesia (Esporões), parece referir-se às muitas fragas rochosas que aqui abundariam. Numa delas, também conhecida por Santa Marta da Falperra ou das Cortiças, existiu um povoado castrejo, habituado desde a Idade do Bronze à alta Idade Média, passando pela romanização.

Segundo a teoria de Pinho Leal, esta Freguesia, pode também, ter ido buscar o seu nome, a “Asperões”, ou “Esporões”, que significava, mas províncias do norte português, pedra de amolar.

Como se diz no “Minho pitoresco” “…é terra abundante esta de Esporões e aqui houve um celeiro geral para emprestar milho aos pobres, fundado por um tal Martim Ribeiro.”.

Esta ancestral Freguesia de S. Tiago de Esporões, era vigararia da apresentação da mitra, no termo de Braga.

Tendo S. Tiago como Padroeiro, venera também com grande devoção Santa Marta, no dia 29 de Julho de cada ano, com uma grande romaria, existindo no alto do Monte com o mesmo nome, uma capela para esse fim, e onde é possível obter uma das mais interessantes vista sobre a Freguesia a que pertence, (Esporões) e Freguesias vizinhas, pois encontra-se a 378 metros acima do nível da água do mar.

Esta Capela prova ser muita antiga, pela data gravada na pedra que faz parte integrante do arco interior da mesma (1520). Porém, há relatos de que é a data da sua reedificação mandada executar pelo então Arcebispo D. Diogo de Sousa (1502-1532), substituindo-se a que já existia no século doze, a qual se encontrava derribada. Mas a primitiva capela de Santa Marta, “… de que resta um capitel do modelo dos aproveitados na primitiva construção da Mesquita de Córdova”, já existia aquando da destruição de Braga pela invasão muçulmana.

Na estação Arqueológica que se encontra junto à dita Capela, pode observar-se os alicerces de casas circulares e rectangulares, e as escavações lá realizadas, puseram a descoberto um Templo paleo-cristão e dois amplos edifícios, públicos, provalvelmente, já dos séculos quatro ou cinco, para além da existência de duas linhas de muralhas, que possilvelmente, serviam de defesas ao povoado que ali existiu.

A reforçar a antiguidade da Freguesia, vem também a casa da Quintã, que está integrada no grupo dos Solares de Portugal, a qual possuiu uma Capela “Capela de Sant’Ana” cujas origens se podem verificar numa inscrição existente no interior da mesma

“ESTA CAP.a TEUE SEU PRINCIPIO NO ANO DE 1400 FOI REEDIFICADA NO DE 1531 E SEGDs UES NO DE 1798 POR GABRIEL SALGADO AR.º CARNRº CHAVES SARG.to MÔR DAS ORDEN.cas DE BRAGA E TERMO 7º ADMINISTRADOR HE OBRIGADO ESTE MORGADO DA QUINTÃ A 8 MISSAS PELLA ALMA DO INSTITUIDOR O R.do GASPAR ALUES SALG.do CHAUES ABB.e DE S. MAMEDE DE PARADELLA DA GUERRA NOS DIAS DE REIS PURIFICAÇAÕ PASCOA SP.o S.to S.ta ANNA S. FR.co CONCEICAÕ NATAL.”

Pode ver-se que a lápide é datada de 1798, e refere que esta terá sido edificada em 1400 e posteriormente restaurada em 1531. Terá sido seu instituidor, o reverendo Gaspar Alves Salgado, abade de S. Mamede de

Actualmente, este belo Solar pertence ao Senhor Dr. Fernando Monteiro.